Historicismo fraco: sobre hierarquias de virtudes e de metas intelectuais
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v0i21.1071Palavras-chave:
Epistemologia da virtude, Virtudes intelectuais, Virtudes epistêmicasResumo
Este artigo busca reconciliar a sensibilidade historicista em relação à forma como o comportamento intelectualmente virtuoso é moldado por contextos históricos, de um lado, e uma abordagem não-relativista da pesquisa histórica acadêmica do outro. Para tanto, distingue-se entre hierarquias de virtudes intelectuais e hierarquias de metas intelectuais. A primeira hierarquia rejeita um modelo único de virtuosidade histórica em favor de um modelo que permite significativas variações no peso relativo que os historiadores atribuem às virtudes intelectuais, de modo a obter conhecimento histórico fundamentado. Esta hierarquia situa as bases para tais diferenças não nas preferências ou interesses dos historiadores, mas nas suas situações historiográficas, de maneira que as hierarquias de virtudes são uma função das demandas feitas pelas situações historiográficas (definidas como o intercâmbio de gênero, questões de pesquisa, e estado da arte). Da mesma maneira, a segunda hierarquia concede espaço para que sejam perseguidas várias metas intelectuais, mas afasta o espectro do relativismo ao tratar a compreensão histórica como uma meta intelectual fundamental para a pesquisa histórica e que, por consequência, merece prioridade diante de metas alternativas. A posição daí emergente é classificada como uma forma de historicismo fraco.
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