A história tem juízo
o juiz e o inquérito como modelos de autoria e procedimento analítico na escrita historiográfica
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v13i34.1623Palabras clave:
história da historiografia, Lucien Febvre, métodoResumen
O texto busca evidenciar, através da análise de um autor e de um livro considerados clássicos no campo historiográfico: O problema da incredulidade no século XVI: a religião de Rabelais, de Lucien Febvre, como o campo do direito e da justiça se colocam como fontes de modelos de procedimentos de investigação, de procedimentos de análise e de argumentação, e como fornecedores de um dado método de pesquisa para os historiadores. Como o juiz é, inclusive, tomado como um modelo de autoria, como uma figura que emula o papel desempenhado pelo historiador, na investigação e na escrita da historiografia. A História teria um papel judicativo, um papel avaliativo e compreensivo, daria lugar a um processo e lançaria mão de uma série de procedimentos que lembrariam a atuação de um juiz em um processo judicial e, por que não, numa investigação policial e judiciária. Seria o historiador um juiz dos tempos, dos eventos, submetendo os personagens históricos a um julgamento? São essas as questões que o texto procura responder.
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