Discipline and Experience

Building a listening community in Theory of History and History teaching

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15848/hh.v14i36.1710

Keywords:

Experience, History teaching, Walter Benjamin

Abstract

The consolidation of history as a discipline in the Western tradition was responsible for the development of methods, theories, and protocols aimed to affirm its scientific status. In turn, such configuration of scientific history in the 19th century had other consequences, such as the establishment of mechanisms to control the production of knowledge and the strengthening of an allegedly universal image of humanity as its authorized producer. This work approaches the disciplinary character of history from the concept of experience, based on the works of Walter Benjamin, Judith Butler, and Nelly Richard. To this end, we will analyze the importance of experience reports for the constitution of a listening community, considering their relevance for history classes and non-hegemonic historiographical narratives. Then, we will reflect upon the historicity of the concept of “lugar de fala” and the ethical-political consequences of the different ways of experiencing the past.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Géssica Guimarães, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Géssica Guimarães é professora Adjunta de Teoria da História e História da Historiografia e do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutora em História Social da Cultura pela PUC-Rio (2012). Pesquisadora da COMUM-UERJ e do NUBHES-UERJ. Atua nas áreas da Teoria da História, História da Historiografia e Ensino de História. Tem desenvolvido pesquisas sobre a experiência de tempo no Brasil da década de 1950 e sobre a teoria de gênero e o ensino de história, ambas as pesquisas recebem fomento da FAPERJ. É uma das organizadoras do livro Conversas sobre o Brasil: ensaios de crítica histórica e Diante da Crise: Teoria, História da Historiografia e Ensino de História hoje.

References

ALCOFF, Linda. The Problem of Speaking for Others. Cultural Critique, n. 20, 1991,

p. 5-32. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/1354221. Acesso em: 24 ago. 2021.

ALCOFF, Linda.Uma epistemologia para a próxima revolução. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n. 1, pp. 129-143, jan./abr. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/se/v31n1/0102-6992-se-31-01-00129.pdf Acesso em: 28 ago. 2020.

ANKERMIT, Franklin Rudolf. A escrita da história: a natureza da representação histórica. Londrina: Eduel, 2012.

ARRUZZA, Cinzia. Considerações sobre gênero: reabrindo o debate sobre patriarcado e/ou capitalismo. Revista Outubro, n. 23, p. 33-58, jan. 2015. Disponível em: http://outubrorevista.com.br/consideracoes-sobre-genero-reabrindo-o-debate-sobre-patriarcado-eou-capitalismo/ Acesso em: 28 ago. 2020.

AVILA, Arthur Lima de. Indisciplinando a historiografia: do passado histórico ao passado prático, da crise à crítica. Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n. 18, p. 35-49, jan./jun. 2018. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/maracanan/article/view/31185. Acesso em: 28 ago. 2020.

AVILA, Arthur Lima de; NICOLAZZI, Fernando; TURIN, Rodrigo. Apresentação.

In: AVILA, Arthur Lima de; NICOLAZZI, Fernando; TURIN, Rodrigo (org.). A História (in)disciplinada: teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico. Vitória: Editora Milfontes, 2019. p. 7-18.

BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov.

In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 197-221.

BENTES, Ivana. Nós, os brancos, e a nova partilha discursiva. CULT, São Paulo, 12, ago., 2020. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/nos-os-brancos-e-a-nova-partilha-discursiva/. Acesso em: 28 ago. 2020.

BUENO, André. Abolir o passado, reinventar a história: a escrita histórica de Hanfeizi na China do século III a.C. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 8, n. 18, p. 29-42, ago. 2015. Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/899. Acesso em: 28 ago. 2020.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como

fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado em Educação). Programa de

Pós-Graduação em Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense, 1982.

COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: o poder da autodefinição.

In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 271-310.

CURIEL, Ochy. Construindo metodologias feministas a partir do feminismo decolonial. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 120-138.

DONNA, Harraway. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 157-210.

FIGUEIREDO, Angela. Epistemologia insubmissa feminista negra decolonial. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 12, n. 29, p. 1-24, jan./abr. 2020. Disponível em: http://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180312292020e0102/11455. Acesso em: 28 ago. 2020.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 56. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. Prefácio: Walter Benjamin ou a história aberta. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 7-19.

GOMES, Wilson. O cancelamento da antropóloga branca e a pauta identitária. Folha de São Paulo, 11, ago. 2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2020/08/o-cancelamento-da-antropologa-branca-e-a-pauta-identitaria.shtml. Acesso em: 28 ago. 2020.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. In: PEDROSA, Adriano; CARNEIRO, Amanda; MESQUITA, André (org.). História das mulheres, histórias feministas: V. 2 antologia. São Paulo: Masp, 2019a. p. 110-120.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019b. p. 237-256.

GUIMARÃES, Géssica; SOUSA, Francisco Gouvea de. Desmonte ou reconstrução da Universidade? Entre o capital e a democratização. Revista Hydra, Guarulhos, v. 4, n. 7, p. 103-131, 2019. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/hydra/article/view/9901. Acesso em: 28 ago. 2020.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Modernização dos sentidos. São Paulo: Editora 34, 1998.

HARTOG, François. Os antigos, o passado e o presente. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2003.

HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF, Martins Fontes, 2017.

KEHL, Maria Rita. Lugar de “cale-se”! Combate Racismo Ambiental. 11 ago. 2020. Disponível em: https://racismoambiental.net.br/2020/08/11/lugar-de-cale-se-por-maria-rita-kehl/. Acesso em: 28 ago. 2020.

KLEM, Bruna Stutz. Historiadoras: aproximações femininas à história da historiografia brasileira (1970-1990). 2019. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora da PUC, 2006.

LABORNE, Ana Amélia de Paula. Branquitude, colonialismo e poder: a produção do conhecimento acadêmico no contexto brasileiro. In: MÜLLER, Tânia M. P.; CARDOSO, Lourenço (org.). Branquitude: estudos sobre identidade branca no Brasil. Curitiba: Appris, 2017. p. 91-105.

LE GOFF, Jacques. A história nova. In: NOVAIS, Fernando A.; SILVA, Rogerio Forastieri da. (org.). Nova História em perspectiva. São Paulo: Cosac Naify, 2011. v. 1.

p. 128-176.

LUGONES, María. Rumo ao feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n.3, p. 935-952, set.-dez. 2014. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/36755. Acesso em: 28 ago. 2020.

MALERBA, Jurandir (org.). Lições de história: Da história científica à crítica da razão metódica no limiar do século XX. Porto Alegre: FGV, Edipucrs, 2013.

MALERBA, Jurandir (org.). Lições de história: O caminho da ciência no longo século XIX.Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.

MARTINS, Estevão Rezende (org.). A História pensada: teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010.

MATTOS, Ilmar R. “Mas não somente assim!” Leitores, autores, aulas como texto e o ensino-aprendizagem de história. Tempo, Niterói, v. 11, n. 21, p. 5-16, jul./dez. 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-77042006000200002&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 28 ago. 2020.

MIGNOLO, Walter. COLONIALIDADE: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, p. 1-18, jun. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092017000200507&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 28 ago. 2020.

MOMIGLIANO, Arnaldo. História Antiga e os antiquários. Anos 90, Porto Alegre, v. 21, n. 39, p. 19-76, jul. 2014. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/43194/30796. Acesso em: 28 ago. 2020.

OLIVEIRA, Maria da Glória de. Os sons do silêncio: interpelações feministas decoloniais à história da historiografia. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Mariana, v. 11, n. 28, p. 104-140, set./dez. 2018. Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1414. Acesso em: 28 ago. 2020.

OLIVEIRA, Rodrigo Perez. O negacionismo científico olavista: a radicalização de um certo regime epistemológico. In: KLEM, Bruna Stutz; PEREIRA, Mateus Henrique de Faria; ARAUJO, Valdei Lopes de (orgs). Do fake ao fato: (des)atualizando Bolsonaro. Vitória: Editora Milfontes, 2020. p. 81-100.

PEREIRA, Ana Carolina Barbosa. Precisamos falar sobre o lugar epistêmico na Teoria da História. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 10, n. 24, p. 88 - 114, abr./jun. 2018. Disponível em: http://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/viewFile/2175180310242018088/8521. Acesso em: 28 ago. 2020.

PRECHET, Beatriz do Nascimento. Enegrecendo o meretrício: experiências da prostituição feminina no Rio de Janeiro (1871-1909). Vitória: Editora Milfontes, 2020.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.

RANGEL, Marcelo de Mello. Da ternura com o passado: História e pensamento na filosofia contemporânea. Rio de Janeiro: Via Verita, 2019.

RANJAN, Ritwik. Postcoloniality and the two sites of historicity. History and Theory, Middletown, v. 56, n. 1, p. 38-53, mar. 2017. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/hith.12001. Acesso em: 20 ago. 2021.

RANKE, Leopold von. O Conceito de História Universal. In: MARTINS, Estevão Rezende (org.). A História pensada: teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010. p. 202-215.

RICHARD, Nelly. Intervenções críticas: arte, cultura, gênero e política. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

RODRIGUES, Mara Cristina de Matos. Ensino de teorias e metodologias no curso de graduação em história: sobre silêncio, poder e presença. In: AVILA, Arthur Lima de; NICOLAZZI, Fernando; TURIN, Rodrigo (org.). A História (in)disciplinada:

teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico. Vitória: Editora Milfontes, 2019.

p. 149-170.

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Filme de Beyoncé erra ao glamorizar negritude com estampa de oncinha: Diva pop precisa entender que a luta antirracista não se faz só com pompa, artifício hollywoodiano, brilho e cristal. Folha de São Paulo, São Paulo, 2 ago. 2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/08/filme-de-beyonce-erra-ao-glamorizar-negritude-com-estampa-de-oncinha.shtml. Acesso em: 28 ago. 2020.

SILVA, Tomás Tadeu. Documentos de Identidade. Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte, Autêntica, 2016.

SPIVAK, GayatriChakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

WHITE, Hayden. Meta-história: a imaginação histórica do século XIX. São Paulo: Edusp, 2008.

Published

2021-08-31

How to Cite

GUIMARÃES, G. . Discipline and Experience: Building a listening community in Theory of History and History teaching. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 14, n. 36, p. 373–401, 2021. DOI: 10.15848/hh.v14i36.1710. Disponível em: https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1710. Acesso em: 3 jul. 2024.

Issue

Section

Dossiê: História como (In)disciplina