Mundo ao Revés

Silvia Rivera Cusicanqui e a criação de uma episteme visual para a América Andina

Autores

  • Liz Andrea Dalfré Universidade Tuiuti do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.15848/hh.v16i41.1987

Palavras-chave:

Epistemologia, Fontes históricas, História intelectual

Resumo

Este artigo analisa como a socióloga aimará Silvia Rivera Cusicanqui identifica nas imagens presentes na obra Primer nueva corónica y buen gobierno,de 1615, do cronista Felipe Guamán Poma de Ayala, a construção de uma episteme visual para a América Andina. A socióloga boliviana ressignifica as imagens presentes nesse livro, evidenciando seu potencial teórico para a elaboração de conceitos e chaves de leitura que podem ser utilizados para a compreensão da história andina colonial e contemporânea. Em termos teóricos e metodológicos, são importantes para este artigo as reflexões críticas propostas por autores identificados às perspectivas pós-coloniais e decoloniais, além de estudos que se voltam
para epistemologias não canônicas, compreendendo-as como saberes fundamentais para um posicionamento crítico e descolonizador, como os trabalhos de Linda Smith e Boaventura de Sousa Santos. Por fim, essa reflexão demonstra a posição de Silvia Rivera Cusicanqui em torno de uma proposta de descolonização epistêmica, ao transformar Guamán Poma de Ayala em sujeito do conhecimento e ao demonstrar que a experiência da visualidade é também importante na formulação epistemológica da história.

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Biografia do Autor

Liz Andrea Dalfré, Universidade Tuiuti do Paraná

Doutora em História, especialista em História da América e historiografia latino americana

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Publicado

2023-08-07

Como Citar

DALFRÉ, L. A. Mundo ao Revés : Silvia Rivera Cusicanqui e a criação de uma episteme visual para a América Andina. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 16, n. 41, p. 1–28, 2023. DOI: 10.15848/hh.v16i41.1987. Disponível em: https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1987. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Corpos, tempos, lugares da historiografia