Um grão de sal: autenticidade, felicidade e relações de amizade na correspondência de Mário de Andrade com Carlos Drummond

Autores

  • Ricardo Benzaquen de Araújo

DOI:

https://doi.org/10.15848/hh.v0i16.846

Palavras-chave:

Mario de Andrade, Modernismo, Subjetividade

Resumo

O texto em pauta pretende examinar a forma pela qual Mário de Andrade elabora a sua subjetividade na correspondência que troca com Carlos Drummond de Andrade. O seu argumento central é o de que a personalidade sanguínea, forte e autêntica de Mário não desconhece momentos de insegurança, abandono e até desilusão, momentos que, paradoxalmente, só conseguem ser superados pelo recurso a experiências marcadas pela dor física e espiritual a que ele, nas próprias relações de amizade – em função, por exemplo, das críticas que lhe são endereçadas pelos amigos –, não deixa de se submeter. Assim, longe de procurar a felicidade em um terreno utópico, no futuro ou no além, nosso autor se arrisca a confrontar diretamente o infortúnio, convicto de que os desafios e a alteridade embutidos nesse gesto serão capazes de gerar uma energia em condições de aperfeiçoar a sua intensa, fecunda e quase excessiva identidade pessoal.

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Publicado

2014-12-09

Como Citar

DE ARAÚJO, R. B. Um grão de sal: autenticidade, felicidade e relações de amizade na correspondência de Mário de Andrade com Carlos Drummond. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 7, n. 16, p. 174–185, 2014. DOI: 10.15848/hh.v0i16.846. Disponível em: https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/846. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê “Historicidade e literatura”