Quando a literatura fala à história: a ficção de Barbosa Lessa e a memória pública no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v0i16.800Palavras-chave:
Ficção, Historiografia sul-rio-grandense, RegionalismoResumo
O objetivo deste trabalho é analisar as intervenções de Luiz Carlos Barbosa Lessa, escritor, folclorista e militante fundador do movimento tradicionalista gaúcho, no debate público rio-grandense pela literatura de imaginação. Para tanto, parte-se de um episódio que agitou a produção letrada local na década de 1950, o chamado “caso Sepé”, em torno do qual foi ponderada a conveniência ou inviabilidade de incorporar a experiência missioneira guarani na narração do passado gaúcho. Buscase, portanto, não somente averiguar as posições do autor no debate, mas avaliar as possibilidades e escolhas formais de confronto, em especial a escrita literária como contraponto ao discurso histórico. A tomada de posição de Lessa sobre a questão indígena leva a críticas mais amplas ao modelo dominante de memória histórica no estado, orientando seu projeto literário para criações até então pouco comuns, como a figuração de grupos e segmentos tidos como marginais (indígenas, negros, mulheres), além da reafirmação do caráter popular do gaúcho rio-grandense.
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