Razão ou Raciocínio? Clio ou Shiva?
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v0i11.554Palavras-chave:
Historiografia, Pós-colonialismo, RacionalidadeResumo
Nós, modernos, estamos acostumados a acreditar que somente o Ocidente desenvolveu uma tradição de historiografia, enquanto que a maioria das culturas teria mitos, épicos e lendas no lugar da escrita da história. Assim, a despeito do fato de que cada pessoa tem uma história, essa história poderia ser narrada nos termos de uma historiografia racional capaz de redescrever o passado em termos alheios àqueles que estiveram presentes nesse passado, tratando as suas próprias formas mitológicas e épicas de registrar e de se relacionar com ele como, na melhor das hipóteses, matérias-primas não confiáveis na sua reconstrução. O presente ensaio desafia essas presunções.
Ele argumenta que a história é um código, e que esse código é incapaz de codificar passados não ocidentais. Enquanto continuaremos, é claro, escrevendo história, precisamos reconceber aquilo que estamos fazendo ao reescrevermos os passados dos outros em termos diferentes dos seus próprios; precisamos pensar a escrita da história não com uma atitude imperial, como a aplicação da Razão ao passado, e sim como um diálogo entre diferentes tradições de raciocínio.
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