A atualização histórica como ação contra-atualista

museus e monumentos entre a recordação e o esquecimento no Brasil contemporâneo

Autores

  • Mayra Marques UFOP

DOI:

https://doi.org/10.15848/hh.v15i39.1883

Palavras-chave:

Monumento, Teoria da história, Atualismo

Resumo

Na experiência de tempo atualista, o futuro nada mais é que uma nova versão do presente, como se o poder de agência dos sujeitos diminuísse. O presente artigo analisa dois tipos de ações que podem contribuir para o enfraquecimento de tal lógica: a preservação de acervos de museus através da digitalização e a discussão a respeito dos monumentos urbanos. A hipótese levantada é a de que a virtualização de museus e a modificação de monumentos possuem o potencial de atualizações históricas, desde que compreendam, assim como a narrativa historiográfica, os legados do passado e os projetos de futuro que fazem parte do presente, visando à defesa de valores democráticos e de uma sociedade mais igualitária. Conclui-se, por fim, que uma melhor compreensão do presente e a renovação de uma expectativa de futuro na qual sejamos agentes, e não apenas espectadores, pode ser alcançada através da narrativa histórica como ação contra-atualista, da incorporação de variadas percepções do tempo na historiografia e da abertura de possibilidades no futuro.

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Publicado

2022-08-27

Como Citar

MARQUES, M. A atualização histórica como ação contra-atualista: museus e monumentos entre a recordação e o esquecimento no Brasil contemporâneo. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 15, n. 39, p. 179–202, 2022. DOI: 10.15848/hh.v15i39.1883. Disponível em: https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1883. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Rememoración: entre agencia y actualización del pasado