A utopia da América: tempo e autenticidade na crítica de Ángel Rama

Autores

  • Pedro Demenech Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.15848/hh.v12i29.1231

Palavras-chave:

América Latina, Ángel Rama, Tempo

Resumo

Este artigo trata de algumas questões presentes na crítica da cultura de Ángel Rama, professor, jornalista, editor, ficcionista e dramaturgo uruguaiopara a América Latina, principalmente no prólogo de La Novela en América Latina (1982),a única coletânea de textos que publicou ainda vivo. Nesse prólogo, Ángel, ao haver recolhido alguns de seus textos escritos entre os anos 1960 e 1970, remontou um percurso no qual analisou e esmiuçou suas preocupações intelectuais e teóricas. Tornando possível perceber como o tempo e a autenticidade são articulados para fundar uma ideia de América. Depois, utiliza os princípios de inacabamento e provisoriedade para interpretar a cultura do continente como um ensaio. Adiante, fez uma releitura de Pedro Henríquez Ureña sobre a utopia da América. Por último, lidou com uma temporalidade situada entre o passado e o futuro num momento em que o presente parecia infinito.

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Biografia do Autor

Pedro Demenech, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutor em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

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Publicado

2019-04-28

Como Citar

DEMENECH, P. A utopia da América: tempo e autenticidade na crítica de Ángel Rama. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 12, n. 29, 2019. DOI: 10.15848/hh.v12i29.1231. Disponível em: https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1231. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigo