História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography https://historiadahistoriografia.com.br/revista <p><em>História da Historiografia</em> publica artigos originais e de revisão nos campos da teoria da história, história da historiografia, história intelectual e áreas afins em periodicidade quadrimestral. Está classificada no estrato A1 da avaliação Qualis da Capes, no Q1 do SCImago Journal Rank. É publicada pela Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH) em uma parceria interinstitucional com os Programas de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).</p> <p> </p> <p><span class="EOP SCXW220473143" data-ccp-props="{&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559739&quot;:200,&quot;335559740&quot;:276}"><a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a><br />Este trabalho está licenciado sob uma licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution 4.0 International License</a>.</span></p> pt-BR <p>O envio de manuscrito para a revista garante aos seus autores a manutenção dos direitos autorais sobre o mesmo e autoria que a revista realize a primeira publicação do texto. Os dados, conceitos e opiniões apresentados nos trabalhos, bem como a exatidão das referências documentais e bibliográficas, são de inteira responsabilidade dos autores.</p> <p><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /><br />Este obra está licenciada com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>. </p> historiadahistoriografia@hotmail.com (História da Historiografia) historiadahistoriografia@hotmail.com (História da Historiografia) Wed, 26 Jun 2024 16:26:39 -0300 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Intercultural Historical Thinking and its Sense in the History of Civilization https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2317 <p>This article explores the importance of intercultural historical thinking in the age of globalization and its significance to the historical study of civilization. The article points out that in the context of globalization, human beings are still faced with different understandings of heterogeneity, otherness and homogeneity. Historical research is an important way for societies to realize their cultural functions and cultural orientations, while intercultural historical thinking and historical research are particularly valuable because of their practical significance. The article emphasizes the major role of historical consciousness in intercultural historical thinking, and believes that historical consciousness is not only about the cognition of the past, but also a historical interpretation of the present. Through the mutual communication of historical consciousness, we can better understand the conceptual type and cultural background of others, so as to rebuild the consensus of the community of humanity in the age of globalization. In addition, the article also explores the ontological construction of historical consciousness, regarding that this helps to introduce grand concepts such as “civilization” into a concrete and practical context, and promote mutual understanding and mutual learning among different civilizations.</p> Yu Peiyun Copyright (c) 2024 Yu Peiyun https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2317 Wed, 25 Dec 2024 00:00:00 -0300 Gêneros de escrita da História https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2258 <p>O presente artigo tem como seu objetivo pontuar diferentes formas de se escrever História no campo de estudos de História da China, com foco nas mudanças que a Escrita da História sofreu na longa duração, fornecendo referências para uma melhor compreensão do que Hui (2005; 2023) chamou de racionalidade histórica chinesa ‘transsistêmica’. Em termos comparativos, enquanto intermédio entre o período moderno e contemporâneo, este texto privilegia duas fontes finais pela aproximação teleológica, sendo ambas pesquisas bibliográficas no tema de História intelectual chinesa do período Qing tardio ao início da República da China. Estas duas fontes são os textos publicados da Nova Historiografia, de Liang Qichao (1902) e o impresso Xin Qingnian (1915-1926 [Nova Juventude]), uma revista fundamental para a compreensão da disseminação das tendências intelectuais e ideias modernistas durante o início do século XX.</p> Luiz Gabriel Ribeiro Locks Copyright (c) 2024 Luiz Gabriel Ribeiro Locks https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2258 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 As áreas econômicas-chave segundo Ji Chaoding https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2183 <p>O eurocentrismo em história constitui um empecilho para vislumbrar o passado, portanto o futuro, de muitas regiões do mundo. Grandes intelectuais e militantes marxistas propuseram uma leitura original da história de seus países, como Caio Prado Jr no Brasil e Ji Chaoding na China. Sua obra-mor Áreas Econômicas-chave na História Chinesa tais como Aparecem no Desenvolvimento de Obras Públicas para o Controle da Água (1936) ofereceu uma solução discreta à posição oficial do Comintern - o ‘modo de produção feudal’ - com implicações práticas no projeto revolucionário em termos de alianças de classes. Numa época muito difícil para seu país, o economista apresentou este estudo detalhado da história econômica da China até 1842. Propôs o conceito de zonas econômicas-chave, valorizando assim a riqueza e sofisticação da organização da sociedade clássica chinesa em questões de gestão da coisa pública, inclusive no campo, frente a desafios ambientais consideráveis. Esta preocupação ecoa debates no movimento comunista internacional e, até hoje, na academia.</p> Christine Dabat Copyright (c) 2024 Christine Dabat https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2183 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 Narrar tudo aquilo que está abaixo do Céu https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2260 <p>Este artigo objetiva discutir o papel definidor do conceito de “Céu”, ou tiān 天, na estruturação de uma epistemologia historiográfica chinesa, especialmente durante o período aqui entendido como pré Moderno – ou seja, anterior às alterações políticas, sociais e culturais que marcaram o Qīng 清 Tardio e o início do período republicano. Essa análise parte das apreciações metodológicas de Nicola di Cosmo, Chenshan Tian e Huaiqi Wu, que apontam para a íntima relação entre teorias políticas gestadas ainda no período Zhōu 周 e a escrita da História, de forma que se pode argumentar pelo caráter relativamente pragmático do registro e interpretação do passado. Essa perspectiva será entendida em variada produção historiográfica chinesa, como o Shǐjì 史記 de Sīmǎ Qiān 司馬迁 e o Shˇıtōng 史通 de Liú Zhījī 刘知几. Conclui-se que a ideia de tiān atua como principal elemento de coesão entre passado e presente, garantindo assim a função política e intelectual da historiografia.</p> Otávio Luiz Vieira Pinto Copyright (c) 2024 Otávio Luiz Vieira Pinto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2260 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 Novas Perspectivas para a Historiografia da China Antiga https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2104 <p>O presente artigo tem por objetivo apresentar um panorama atualizado sobre as novas perspectivas historiográficas acerca dos estudos da Antiguidade chinesa desenvolvidos na China continental. Para a consecução deste trabalho, iremos apresentar uma breve trajetória histórica da historiografia chinesa, introduzindo rapidamente as tradições pré-republicanas (1912); em seguida, analisaremos a historiografia moderna sob o influxo das teorias ocidentais e do Marxismo-Maoísmo; por fim, analisaremos o projeto da escola da Crítica da Historiografia Chinesa Antiga (Zhongguo Gudai Shixue Piping 中国古代史学 批评), e alguns dos seus desdobramentos no panorama intelectual da China atual.</p> André da Silva Bueno Copyright (c) 2024 André da Silva Bueno https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2104 Sat, 14 Dec 2024 00:00:00 -0300 La historiografía China, ejemplo de una evolución endógena impactada por Occidente https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2228 <p>La historiografía china se vino desarrollando al margen de la occidental. Fruto de una civilización propia se construyó sobre unos presupuestos y unas metodologías distintas. El impacto de Occidente sobre China en el siglo XIX, no pudo dejar de influir en ella. Vista la superioridad técnica de Occidente los intelectuales chinos intentaron adaptar su forma de hacer historia a la de los foráneos. En este artículo, partiendo de las propias dudas sobre dicho proceso que hoy día muestran los académicos chinos, pretendemos hacer un repaso a la evolución de la historiografía china desde los primeros intentos de reforma hasta los cambios introducidos por el marxismo y su adaptación a la China de la Reforma y Apertura.</p> Raul Ramírez Ruiz Copyright (c) 2024 Raul Ramírez Ruiz https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2228 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 La historia como transmisora de salud o enfermedad https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2189 <p>Nietzsche considera que, al estar los fundamentos filosófico-epistémicos de los estudios históricos erigidos sobre componentes suprasensibles, estos proyectan un marco del quehacer historiográfico que incentiva una forma de hacer historia que perjudica la vida. Esto sucede, por un lado, porque promueve narrativas con funciones moralizadoras las cuales inmovilizan y coartan el potencial artístico; y, por otro lado, porque incentiva una producción desmesurada y sin criterios de documentos históricos. Esta producción asfixiaría a la vida en un mar de informaciones inagotables que el ser humano no puede procesar ni digerir. Para curar a la historia de sus reactivos efectos sobre lo corpóreo y transformarla en un medio de salud, Nietzsche propone dos remedios, por un lado, erigir una nueva perspectiva historiográfica que emule y resalte el movimiento artístico de la naturaleza, y, por otro lado, llevar a cabo una dietética que nos permita hacer un consumo nutritivo y vivificante de la historia.</p> Manuel Romero Copyright (c) 2024 Manuel Romero https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2189 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 Documentar la historia desde la tierra en la Patagonia Austral argentina https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2202 <p>Este artículo aborda las disputas por el pasado de la provincia de Santa Cruz, en particular, y de la Patagonia Austral, en general, desde el campo historiográfico en un momento de consolidación disciplinar a nivel local. Para ello, se propone estudiar el libro Los dueños de la tierra en la Patagonia Austral, 1880-1920, de la Dra. Elsa Mabel Barbería, y analizar la propia trayectoria político-institucional de la autora, pionera en los estudios de Historia regional en el sur argentino. Para el primer objetivo, se trabaja desde el análisis materialista del discurso; para el segundo se utiliza la perspectiva de la institucionalización. Mediante un trabajo heurístico sin precedentes que documenta la historia de la distribución de la tierra en la región y su impacto en el conflicto entre el blanco y el indígena, Barbería disputa con la historiografía tradicional patagónica por la interpretación y la producción de lo real.</p> Julieta Aldana Blázquez, Lisandro Relva Copyright (c) 2024 Julieta Aldana Blázquez, Lisandro Relva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2202 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 The Social Role of History and the Question of Egalitarian Historical Writing https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2243 <p>In this paper, I address a question relevant for the social role of history, namely: what relation between historical studies and society can be established by egalitarian historical writing? Drawing on the contributions of María Inés La Greca, Zoltán Boldizsár Simon, and Kalle Pihlainen, I critically discuss how contemporary historical theory responds to this question in the debate on Hayden White’s distinction between historical past and practical past. By discussing the three theorists’ contributions, I show that the relationship between historians and their audiences produced in them is asymmetrical. All of them, albeit varying degrees, describe historical writing as acts of communication in which historians are placed in the position of those who know better and act, while readers are assigned the position of those who are less well informed and who should submit to the actions of historians. Using the resources of postcritique, I point to the need for theoretical elaboration—the construction of instruments and concepts to handle the question of producing democratic relations in historical writing. In conclusion, I suggest a brief description of the democratic reading contract of historical writing based on the concept of receptivity.</p> Jakub Muchowski Copyright (c) 2024 Jakub Muchowski https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2243 Sun, 29 Dec 2024 00:00:00 -0300 Álvaro Vieira Pinto e a tradição dialética https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2195 <p class="tm6">O objetivo deste artigo é localizar o pensamento de Álvaro Vieira Pinto no interior da tradição dialética a partir da análise de categorias centrais àquele campo de reflexão, quais sejam: autorreflexividade, primazia do objeto, historicidade, contradição, trabalho e totalidade. Com esse fim, foram considerados, sobretudo, os dois volumes de sua obra lançada em 1960, Consciência e realidade nacional, embora o artigo também mobilize o debate sobre dialética feito em Ciência e existência, de 1967. Para o diálogo, foram convocados autores como Hegel, Marx e Adorno. Apesar de compartilhar vários pressupostos teóricos com outros autores dialéticos, o pensamento de Vieira Pinto (também influenciado pela fenomenologia) percorre um caminho bastante original, emprestando novos sentidos a categorias como revolução e totalidade. Ao final, ainda que de maneira breve e sob inspiração da tradição crítica brasileira, argumenta-se que a dialética nos vale hoje por ser uma tradição que não abdica da perspectiva da transformação radical da realidade.</p> Thiago Turibio Copyright (c) 2024 Thiago Turibio https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2195 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 Mitos de origen en la historiografía europea https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2233 <p>Los mitos de origen conforman la base de una identidad. Este artículo en perspectiva histórica proporciona una amplia visión de las dinámicas sobre cómo se construyen los entramados de una identidad colectiva a través de los mitos de origen, un tema todavía poco explorado y desarrollado en los estudios sobre construcciones identitarias. Este artículo explica por qué unos mitos de origen tienen éxito y se integran en las sociedades, y por qué otros se quedan en el limitado campo de los eruditos, y se acaban extinguiendo. Se estudian las características esenciales de tres mitos europeos: uno checo (Praotec Čech), y dos españoles (Hispalo y Túbal), a través de fuentes historiográficas desde el medioevo hasta el siglo XIX.</p> Daniel Esparza Copyright (c) 2024 Daniel Esparza https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2233 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 A New Historiographical Path https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2187 <p>This article proposes Arthur Danto’s ‘analytical narrativism,’ and his conceptualization of history as representation, as an unexplored path which can be an alternative to the development of postnarrativism from Hayden White’s ‘figurative realism.’ Danto’s historiographic can shed some light on postnarrativism and on the present-day dilemmas which cloud the academic debates around the writing of history. The article also highlights the need for interdisciplinary dialogue.</p> Raquel Cascales Copyright (c) 2024 Raquel Cascales https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2187 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 Escrita como ação https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2219 <p>Este artigo pretende problematizar as escolhas feitas pelo historiador alemão, radicado nos Estados Unidos, Peter Gay (1923-2015), ao dedicar-se à escrita de uma biografia de um dos mais importantes pensadores críticos da modernidade: Sigmund Freud (1856-1939). Assim, após inserir a biografia no escopo de preocupações teóricas demarcado na obra do historiador e biógrafo em questão, a análise encaminha-se para a conclusão de que, a despeito da relevância do trabalho, confirmada pelos estudiosos da obra de Gay, a biografia por ele escrita, mais que situar Freud em sua época, tende a relatar o que estava autorizado ser dito em narrativas de vida definidas como uma das formas possíveis de escrita da história, no enquadre dos últimos anos do século XX, como denuncia o próprio subtítulo do estudo biográfico ora examinado.</p> Evandro Santos Copyright (c) 2024 Evandro Santos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2219 Sun, 29 Dec 2024 00:00:00 -0300 Time Layers or Time Regimes https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2197 <p>In this article, I examine Koselleck’s vision on time layers and the forward-looking view they entail. According to me, both its future orientation and its division into time layers are debatable, given his Kantian approach to concepts and his misappropriation of the simultaneity of the non-simultaneous. My research is quite urgent since several authors are following in his footsteps. Hartog does this by distinguishing between three time regimes, the second being based on Koselleck’s future-oriented time. Lucian Hölscher prefers Koselleck’s empty time to an embodied one. Zoltán Boldizsár Simon and Marek Tamm started a project in 2021 called ‘Historical Futures,’ in which they propose a time regime that decouples the past and present from the future. They have concluded it with a plea for an open future. In this way they hope to have a better starting point for dealing with the issues of the Anthropocene. Unfortunately, all of them sharpen Reinhart Koselleck’s vision of a forward-looking time and thus also reinforce its shortcomings. Hartog’s time regimes would have been a better choice. Thinking ahead and disconnecting the past and present from the future cannot solve our current time out of joint. A more balanced view of time is a better way out.</p> Harry Jansen Copyright (c) 2024 Harry Jansen https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2197 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 As bases da episteme nacional da mestiçagem https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2240 <p>No presente texto, abordamos a mestiçagem como episteme, fundamento conceitual construído pela intelectualidade brasileira e chave-mestra explicativa da formação do país como Estado e nação no século XIX. A partir da produção intelectual de Joaquim Nabuco, Sílvio Romero e Nina Rodrigues, representantes da “geração de 1870”, analisamos a complexidade dos debates e as ambiguidades presentes no processo de construção de teses que buscaram na “raça” as explicações para os problemas de constituição da nação e do “povo” brasileiro; em seguida refletimos sobre como, a partir desse processo, originou-se a tradição de afirmação e celebração da mestiçagem como negação da racialização e da etnização do elemento nacional.</p> Silviana Mariz Copyright (c) 2024 Silviana Mariz https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2240 Sat, 28 Dec 2024 00:00:00 -0300 El Príncipe, de Maquiavelo, en el Italian Thought https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2180 <p>A partir del caso de estudio emblemático constituido por el debate sobre el legado de El Príncipe, de Maquiavelo, en el llamado Italian Thought, en particular en dos de sus destacados autores, Roberto Esposito y Antonio Negri, este artículo analiza la manera en la que las corrientes filosóficas se definen a sí mismas a través de discursos aparentemente neutrales que se producen en comunidades bien definidas. Se hace evidente que la comprensión crítica de la historiografía y del análisis filosófico permite leer e interpretar el espíritu de una época y de una nación. Así, este artículo demuestra el valor de esta comprensión crítica, probado por el hecho de que gracias a ella será posible definir las características principales de la filosofía política italiana actual.</p> Paolo Scotton Copyright (c) 2024 Paolo Scotton https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2180 Wed, 25 Dec 2024 00:00:00 -0300 A Odisseia de Clarice Lispector https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2119 <p>Este texto se dedica a um estudo de recepção clássica e defende que Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres é uma releitura da Odisseia, capaz de estabelecer com a fonte antiga uma relação ambígua que mobiliza tal característica como ferramenta para enfrentar a obra precedente. O livro de Clarice Lispector tanto incorpora personagens e hábitos de uma determinada interpretação da poesia épica quanto busca romper com eles, revelando outra camada interpretativa do poema. Para apresentar como o material odisseico é reescrito na literatura clariceana, o presente artigo dialoga ainda com outros textos, especialmente aqueles que, publicados nas páginas femininas dos jornais para os quais a autora trabalhou, demonstram seu interesse pelo que podemos chamar de literatura feminista, especialmente por Virginia Woolf.</p> Lorena Lopes da Costa Copyright (c) 2024 Lorena Lopes da Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2119 Wed, 25 Dec 2024 00:00:00 -0300 A temporalidade da catástrofe palestina https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2136 <p>O presente artigo tem por objetivo analisar a obra escrita pelo historiador sírio Constantine K. Zurayk, intitulada Ma’na al Nakba, O Significado da Nakba, acerca da expulsão da população palestina, em meio ao processo de criação do Estado de Israel em 1948. A obra, publicada no mesmo ano, apresenta reflexões sobre o problema palestino relacionado a uma causa árabe, bem como um efeito do Sionismo. A partir desta publicação, busca-se refletir sobre as transformações da temporalidade e da escrita da história palestina em relação a esta dimensão basilar: a Nakba e seus desdobramentos para a população e para o território. Além de Zurayk, visualiza-se outras produções contemporâneas ao autor, assim como uma produção acadêmica mais recente, sobretudo a partir de 1970. Apresenta-se a formação de uma historiografia sobre a Nakba, bem como discute-se permanências e mudanças nas perspectivas sobre a Nakba e sua relevância no presente para se pensar a “questão palestina”.</p> Carolina Ferreira de Figueiredo Copyright (c) 2024 Carolina Ferreira de Figueiredo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2136 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 La recuperación histórica de Sebastián Castellio en el siglo XX https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2148 <p>El objetivo de esta investigación es estudiar los conceptos de tolerancia religiosa y libertad de conciencia surgidos en el siglo XVI, particularmente en el Tratado sobre los herejes (1554), del humanista Sebastián Castellio. La primera parte explora la presencia política e intelectual de Castellio en el contexto reformado calvinista. Más adelante, elaboro una disquisición en torno a las cualidades particulares que adquieren las nociones de tolerancia y libertad de conciencia en Castellio. Mostraré que el fundamento metafísico de dichas propuestas radica en la creencia en una ley natural grabada en el corazón humano, la cual es percibida mediante la razón natural. Esto nos servirá para observar cómo las ideas del humanista guardan un vínculo con cierta moral ilustrada moderna. Finalmente, se expondrá que a partir de las últimas décadas del siglo XIX comenzó un proceso de asimilación y recepción de Castellio como un intelectual central en la argumentación por el estado laico, el pacifismo y la abolición de las ideologías totalitarias.</p> Isabel Estefanía Gutiérrez López Olivera Copyright (c) 2024 Isabel Estefanía Gutiérrez López Olivera https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2148 Wed, 25 Dec 2024 00:00:00 -0300 Nerón https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2100 <p>Este artículo tuvo por objetivo analizar la figura del emperador Nerón en la historiografía flavia y antonina, y explicar por qué estas fuentes han transmitido una imagen tan negativa del último emperador de la dinastía Julio-Claudia. La necesidad de justificar la conspiración que le llevó al suicidio y el que fuese nombrado por el Senado enemigo de la patria podrán explicar en parte esta imagen hostil. Un elemento más para tener en cuenta es que la dinastía que emergió tras la muerte de Nerón, la Flavia, necesitaba construir su propio principio de legitimidad, y para ello inició un proceso de difamación de los predecesores, entre ellos Nerón. Además, la política “reformista” de este y el hecho de que no tuviese ningún hijo varón para sucederlo fueron el panorama perfecto para organizar un exitoso golpe de Estado.</p> Pepa Castillo Copyright (c) 2024 Pepa Castillo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2100 Wed, 25 Dec 2024 00:00:00 -0300 Enquadramentos para a sobralidade https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2133 <p>Neste texto, proponho o estudo de certa forma de historiografia fabricada em Sobral, produzida por cinco sacerdotes ao longo do século XX, os quais enunciam uma cidade modelo, com narrativas permeadas por temáticas, fontes e enquadramentos historiográficos similares ao tornarem homens brancos, católicos e com descendência portuguesa como protagonistas de um passado glorioso de uma cidade onde segundo a óptica dos autores, deveria ter sua relevância nacional reconhecida, fornecendo, assim, cifras para o conceito de sobralidade e justificando o ato de produzir presenças e sentidos de dado passado. Como conclusão, proponho a reflexão sobre historiografia ainda hoje manter influência, sendo relevante para os projetos dos atores políticos ligados à Sobral, problematizando a necessidade de novos passados serem inventados e referenciados para a cidade.</p> Thiago Braga Teles da Rocha Copyright (c) 2024 Thiago Braga Teles da Rocha https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2133 Mon, 23 Dec 2024 00:00:00 -0300 Matrizes ideológicas da historiografia brasileira https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2171 <p>Para demonstrar as relações íntimas entre as ideologias e a escrita da história do Brasil, este artigo revisita as décadas posteriores à independência com o objetivo de correlacionar as histórias da independência ao seu contexto partidário de produção. Os partidos que disputavam o poder também disputavam o “sentido da revolução”, ou seja, as razões e o significado dos acontecimentos que levaram ao fim do Antigo Regime e à separação de Portugal. Se é possível ler a <em>História dos principais sucessos do Império do Brasil do visconde de Cairu</em> (1830) pelas lentes conservadoras do “partido realista”, se pode fazer o mesmo a respeito da <em>História do Brasil</em> (1836) de John Armitage, correlacionando-o à visão de mundo do “partido liberal moderado”, bem como vincular a <em>História dos movimentos de 1842</em> (1844) de José Antônio Marinho e <em>O libelo</em> do povo de Torres Homem (1849) às expectativas do partido radical ou luzia. Essas diferentes narrativas partidárias, plasmadas como histórias, serviram de matrizes ideológicas para as historiografias que se formariam a partir da década de 1860: a conservadora, a liberal e a radical.</p> Christian Lynch Copyright (c) 2024 Christian Lynch https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2171 Wed, 25 Dec 2024 00:00:00 -0300 Pensar o diferente na História https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2108 <p>O presente artigo busca estabelecer uma análise da produção historiográfica sobre os ciganos entre os séculos XIX e XXI. A partir disso, buscamos mapear as principais publicações sobre essa minoria étnica produzidas no Brasil e Portugal nesses três séculos, em língua portuguesa. Após indicação dos elementos introdutórios, a escrita segue apontando a dificuldade de inclusão historiográfica desses sujeitos para, em seguida, pensar sobre as três fases de desenvolvimento de estudos sobre os ciganos. A primeira etapa é caracterizada pela produção etnográfica e folclorista, e o segundo momento é de protagonismo dos trabalhos desenvolvidos no âmbito dos programas de pós-graduação no Brasil e, por fim, de debates promovidos no seio de movimentos políticos e instituições jurídicas de defesa da causa cigana. Os textos apresentados variam em estilo, ênfase, fontes, aporte teórico, recortes espacial e geográfico, mas de algum modo tentam preencher a lacuna existente na produção do conhecimento sobre povos ciganos no Brasil e no mundo ocidental. A historiografia cigana se encontra em situação limitada de desenvolvimento, em função de questões como: a dificuldade de parte dos centros de produção de conhecimento em percebê-los como sujeitos históricos e políticos; a ausência de orientadores capacitados para orientação desse tema; o pouco interesse dos historiadores; e o acesso limitado aos seios das comunidades de ciganos, que transmitem a sua cultura e história via oralidade. A proposta deste estudo se baseia nas discussões apresentadas por Rodrigo Corrêa Teixeira, François Laplatine e Geraldo Pieroni.</p> Lenilson Portela, Francisco de Assis de Sousa Nascimento Copyright (c) 2024 Lenilson Portela, Francisco de Assis de Sousa Nascimento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2108 Sat, 14 Dec 2024 00:00:00 -0300 The 'Histoire des Deux Indes' https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2103 <p>This article proposes an interpretation of the Histoire philosophique et politique des établissements et du commerce des Européens dans les deux Indes (1770) within the intellectual context of Enlightenment historiography. The first section describes the book, its contents, editions, authorship, and censorship. The second section provides a critical synthesis of the history of historiography on the work. The third section proposes an interpretation of the Histoire as an enlightened critique of colonialism and empire. A brief conclusion situates the book within a specific definition of the Enlightenment that accounts for its contradictions rather than attempting to overcome them.</p> Nicolás Kwiatkowski Copyright (c) 2024 Nicolás Kwiatkowski https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2103 Fri, 20 Sep 2024 00:00:00 -0300 O nó górdio da modernidade https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2093 <p>O objetivo deste artigo é problematizar algumas das tensões em torno do conceito de modernidade. Central para diferentes áreas das ciências humanas, “modernidade” congrega, em um mesmo vocábulo, um conceito e uma proposta de periodização, ambos instrumentos essenciais da escrita historiográfica. Pretende-se aqui explorar de que forma a análise do conceito de modernidade, em conexão com uma ideia específica de universalismo, pode nos ajudar a compreender algumas características presentes nas concepções historiográficas europeias formuladas no século XIX, mas que deixaram marcas persistentes ao longo de grande parte do século XX. Nessa direção, buscou-se avaliar de que maneira o conceito de modernidade acabou fornecendo os parâmetros a partir dos quais as sociedades dos demais continentes seriam julgadas e, ato contínuo, hierarquizadas, com os povos da Europa ocidental ocupando o vértice dessa pirâmide classificatória.</p> Rachel Williams Copyright (c) 2024 Rachel Williams https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2093 Mon, 15 Jul 2024 00:00:00 -0300 Up-To-Date https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2168 <p>Este texto analisa reflexões de Gunther Anders sobre a tecnologia em uma sociedade atualista. Anders destacou a busca por atualização tecnológica e a tendência das pessoas em desejar serem gadgets, o que chamou de lacuna prometeica. Partindo da premissa de que a tecnologia afeta a percepção do medo, banalizando ameaças e dificultando a identificação de perigos reais, as principais hipóteses elencadas abordaram a alienação causada pela (falsa) conformidade tecnológica e a incapacidade de temer o invisível (ou o que é exageradamente mostrado). Em conclusão, argumenta-se sobre a importância da reflexão crítica sobre as implicações morais e existenciais da tecnologia na sociedade atualista, simbolizada pela bomba atômica. Dessa forma, consideramos as reflexões de Gunther Anders sobre a bomba atômica e sua análise crítica da sociedade um diagnóstico fundamental daquilo que Mateus Araújo e Valdei Pereira chamam de atualismo.</p> Mario Marcello Neto Copyright (c) 2024 Mario Marcello Neto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2168 Sat, 14 Dec 2024 00:00:00 -0300 Entre Koselleck e Krenak https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2095 <p>Este ensaio tem como objetivo tensionar as categorias meta-históricas propostas por Koselleck como antropológicas e universais, e que seriam centrais na composição do tempo histórico, e confrontá-las com o pensamento de Ailton Krenak. Nesse percurso, partimos da elaboração de Koselleck, passamos pela apropriação que realiza Ricoeur das categorias na proposição de uma Hermenêutica da consciência histórica e apresentamos ainda a concepção de Hartog de regimes de historicidade, na qual experiência e expectativa também se manifestam. Em um segundo momento, trabalhamos as temporalidades dos povos não historicizados e, portanto, excluídos do modo de existir eurocêntrico, para, ao final, nos dedicarmos ao pensamento de Krenak, que colhemos nos textos lançados nos últimos quatro anos e com o qual confrontamos a proposição universalista de Koselleck para espaço de experiência e horizonte de expectativas.</p> Bruno Souza Leal, Ana Regina Rego Copyright (c) 2024 Bruno Souza Leal, Ana Regina Rego https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2095 Wed, 26 Jun 2024 00:00:00 -0300 La defensa de la frontera sur de la Monarquía Española en Buenos Aires en el siglo XVIII https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2169 <p>En este trabajo se realiza un balance sobre la historiografía que ha analizado la frontera sur de la Monarquía Española en Buenos Aires. En particular, el problema de la defensa de los lindes con las sociedades indígenas independientes durante el siglo XVIII, en el marco de estudios que han abordado el periodo con perspectivas seculares y pluriseculares. Para ello, se sigue un proceso cronológico durante el siglo XX, desde los trabajos pioneros en las décadas de 1930 y 1940, hasta los trabajos más recientes. Se identifican los principales problemas e hipótesis, sus continuidades, rupturas y discusiones a lo largo de las décadas, y los distintos enfoques en relación con problemáticas historiográficas más generales.</p> Nahuel Vassallo Copyright (c) 2024 Nahuel Vassallo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2169 Wed, 25 Dec 2024 00:00:00 -0300 Desafiando conceitos rígidos https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2068 <p>O livro A hora da eugenia, da historiadora Nancy Stepan, constitui uma importante referência sobre a história da eugenia no Brasil, não só por seu aspecto pioneiro, mas pelas chaves interpretativas que apresenta, como o conceito de “eugenia latina”. O intuito deste artigo é avançar a discussão proposta por Stepan, analisando-a de forma crítica e trazendo novos elementos apresentados não só pela historiografia, mas também por algumas fontes que demonstram que os conceitos e a abordagem proposta pela autora precisam ser superados, uma vez que focam excessivamente a construção de excepcionalidades e de antagonismos, encobrindo os aspectos comuns entre países não latinos e criando representações estereotipadas sobre a região. Acreditamos que, por seu caráter limitado e restritivo, conceitos como o de “eugenia latina” devem ser desafiados a partir da adoção de uma abordagem transnacional e comparativa, de forma que busquemos conexões e aspectos comuns e fujamos da armadilha dos “excepcionalismos” como chave interpretativa de análise.</p> Geandra Munareto, Pietra Diwan Copyright (c) 2024 Geandra Munareto, Pietra Diwan https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2068 Mon, 15 Jul 2024 00:00:00 -0300 Da pólis ao Mediterrâneo https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2074 <p>Este texto pretende dar conta de uma questão central: em que níveis teóricos e respondendo a quais problemas, a História do Mediterrâneo Antigo se estabeleceu como um movimento intelectual, talvez mesmo um paradigma aos pesquisadores da antiguidade? Hipóteses heurísticas, mudanças sociais do mundo contemporâneo e pesquisas empíricas remodelam os domínios da História. Trata-se de movimentos “tectônicos”, lentos, mas profundos, que consolidam novos olhares e métodos que dão nova forma aos estudos de determinadas temporalidades. Para interpretar esses movimentos estruturais que deram forma às leituras mediterrânicas, recorrer-se-á a um tipo uma reflexão que transitará entre a epistemologia da história e leituras de origem arqueológica e histórica.</p> Guilherme Moerbeck Copyright (c) 2024 Guilherme Moerbeck https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2074 Sat, 14 Dec 2024 00:00:00 -0300 Do divã para o arquivo - Psicanálise aplicada à História https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2027 <p>Avalia-se como o historiador teuto-americano Peter Gay (1923-2015) se apropriou da Psicanálise na História. Com esse intuito, sonda-se como os objetos (no caso, o inconsciente), as teorias (especificamente a do complexo de Édipo), os métodos (a regressão, a associação livre e a análise de sonhos, de lapsos e de chistes) e as formas narrativas (“histórias de casos”) empregadas por Freud na clínica e na crítica da cultura foram ressignificadas na prática historiográfica de Gay, principalmente em suas obras publicadas a partir dos anos de 1980, período em que se consolida o seu projeto intelectual. Conclui-se que o aporte psicanalítico possibilitou ao historiador, além de revisar o papel desempenhado pela burguesia nos últimos três séculos, ampliar o horizonte temático, teórico, metodológico e estético da disciplina.</p> Sander Cruz Castelo Copyright (c) 2024 Sander Cruz Castelo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2027 Wed, 26 Jun 2024 00:00:00 -0300 O fim do Qualis – periódicos da CAPES https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2326 Rebeca Gontijo Copyright (c) 2024 Rebeca Gontijo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2326 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 -0300 Una tríada reflexiva https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2316 <p><span style="font-weight: 400;">La reflexión teórica y ética sobre los conceptos de presencia, desaparición y ausencia abre un cuestionamiento profundo el estatus metafísico del pasado y los mecanismos de producción de sentido(s) sobre este. ¿</span><span style="font-weight: 400;">Dónde se territorializa el pasado? ¿Está ausente, presente, desaparecido? ¿Podemos encontrarlo con nuestros dispositivos analíticos y conceptuales?¿Cómo cambia nuestra concepción del pasado cuando le damos la palabra a los que nunca la han tenido? ¿Qué recuperamos cuando hacemos presente ausencias históricas recurrentes? ¿Cómo nos posibilita la reinterpretación del pasado el uso de nuevos conceptos que visibilizan el silencio? Los artículos de este número reunen miradas literarias, historiográficas y filosóficas problematizan la idea de un pasado estable y cerrado. A partir del juego entre los conceptos de presencia, ausencia y desaparición se plantean reflexiones éticas, a la par que epistemológicas, sobre la desaparición forzada, las materialidades del pasado, las huellas de las ausencias y la responsabilidad política de los historiadores frente a la violencia y la exclusión.</span></p> Mariana Ímaz Sheinbaum, Daniel Medel Barragán Copyright (c) 2024 Mariana Ímaz Sheinbaum, Daniel Medel Barragán https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2316 Mon, 30 Dec 2024 00:00:00 -0300 Memória do capitalismo como ausência https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2146 <p>A Covid-19 originou diversos projetos de arquivamento da experiência pandêmica e de memorialização de suas vítimas, entre eles, o Memorial Inumeráveis. Entretanto, observa-se nessas iniciativas a inexistência de menções ao capitalismo e à razão neoliberal como promotores da pandemia e dos milhões de vitimados. Este ensaio reflete sobre essa ausência de inscrição e reconhecimento e propõe uma leitura do Memorial Inumeráveis como uma “memória do capitalismo”. Argumenta-se que a pandemia de Covid-19 resulta de uma forma específica de relacionamento dos seres humanos com os ecossistemas, e que é possível inscrever e reconhecer a “memória do capitalismo” a partir de um ato de enunciação característico do trabalho de memória. Desta forma, a interpretação do <em>Memorial Inumeráveis</em> como uma “memória do capitalismo” contribui para explicitar os mecanismos de produção de naturalização do sistema capitalista e do neoliberalismo.</p> Caroline Silveira Bauer, Leandro Ferreira Souza Copyright (c) 2024 Caroline Silveira Bauer, Leandro Ferreira Souza https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2146 Sun, 22 Dec 2024 00:00:00 -0300 Ausência de longa duração e Presença ausente como desresponsabilização https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2143 <p>Este artigo analisa a emergência de diferentes temporalidades e linguagens políticas com a volta dos militares à cena política. Parte-se da premissa de que, desde a Lei da Anistia e da Constituição de 1988, uma vez assegurados seus privilégios e imunidades, eles estabeleceram mecanismos eficientes de regulação de sua presença / ausência do cenário político. Durante a Nova República (1985 - ), houve um regime de atuação militar de baixa intensidade até o golpe de 2016 e as eleições de 2018, quando o Alto Comando e altas patentes reassumiram protagonismo político. Essa alta exposição exigiu dos militares novas formas de produção de sua representação explicitando temporalidades, agenciamentos e categorias próprias desse universo e que, dada sua ubiquidade, desafiam a percepção ordinária da história. Esse contexto de crise (2016-2022) nos impeliu a analisar a mobilização desses mecanismos de presença / ausência da percepção pública como formas de desresponsabilização política dos militares ao longo da história recente.</p> Affonso Thomaz Pereira Copyright (c) 2024 Affonso Thomaz Pereira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2143 Sun, 22 Dec 2024 00:00:00 -0300 Desapariciones https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2178 <p>La desaparición forzada de personas es una técnica de violencia de Estado que fue implementada en un contexto contrainsurgente entre las décadas de 1960 y 1980 en América Latina, y en ese mismo proceso, se configuró el <br />concepto que permite explicarla como fenómeno y juzgarla como delito. La desaparición forzada continúa hasta nuestros días como práctica de represión política; pero también articulada con otros procesos, como las economías criminales, con consecuencias política y humanamente devastadoras. Estas transformaciones suponen un impacto en la configuración del concepto de desaparición forzada, y su necesaria revisión. Este artículo reflexiona sobre algunas de las propuestas de revisión del concepto que se han hecho, en particular desde la sociología; se presentan algunas críticas desde la historiografía, particularmente señalando los riesgos, tanto epistemológicos como políticos y éticos, que la revisión conceptual de la desaparición forzada implica, y sobre los que hay que asumir una responsabilidad.</p> Camilo Vicente Ovalle Copyright (c) 2024 Camilo Vicente Ovalle https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2178 Fri, 15 Nov 2024 00:00:00 -0300 La escritura de lo ausente https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2145 <p>El objetivo de este trabajo es analizar obras mexicanas publicadas en el siglo XXI que tratan el tema de la desaparición — relativa tanto a hechos históricos como a personas, objetos, ideas o experiencias —, haciendo uso de distintos tipos de tachaduras, veladuras y marcas textuales. Estas obras, que pueden incluirse dentro de la ficción documental (Rivera, 2019), obligan a reflexionar sobre la relación que existe entre lo exterior y lo interior del texto; entre la realidad y la ficción. Partiendo de un acercamiento a estos dos últimos conceptos, se estudiarán los distintos tipos de tachaduras que aparecen en las obras, sus funciones y significados, en el marco de las ideas apuntadas por Chirinos (1998), Rivera-Rodas (2001), Fabre (2005) y Ballester e Higashi (2017). Se propone que estas marcas textuales son una forma de hablar del vacío mediante el vacío, que se incorpora a los textos provocando un contraste entre lo literario y lo no literario — real o histórico —.</p> María Ema Llorente Copyright (c) 2024 María Ema Llorente https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2145 Sat, 14 Dec 2024 00:00:00 -0300 “Un sujeto ausente, pero tras bastidores” https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2134 <p>En el presente artículo analizo las operaciones críticas que realizan Judith Butler y Gayatri Chakravorty Spivak sobre ciertos planteos de la teoría de la historia de Hegel en dos trabajos de los años ochenta: Sujetos del Deseo. Reflexiones hegelianas en la Francia del siglo XX (Butler, 2012 [1987]) y “Estudios de la Subalternidad. Deconstruyendo la Historiografía” (Spivak, 2008 [1985]). Para hacerlo, parto de la revisión q ue llevan adelante respecto de las nociones hegelianas de deseo, (auto)conciencia y sujeto para luego comprender la reflexión sobre la cuestión del tiempo histórico y los modos de aparición de los sujetos de la “subalternidad” (Spivak) o de la “alteridad” (Butler). El trabajo propone la hipótesis de que en esta relectura crítica las autoras realizan un corrimiento epistemológico, más que una ruptura completa, respecto a los desarrollos teóricos de Hegel. En consecuencia, pueden revisar, historizar y resituar estas nociones sobre la misma plataforma teórica hegeliana y desestructurar sus fundamentos constitutivos.</p> Lucas Saporosi Copyright (c) 2024 Lucas Saporosi https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2134 Sat, 14 Dec 2024 00:00:00 -0300 The past as a stake https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2179 <p>In this article, the author explores Michel de Certeau’s reflections to demonstrate how the past does not establish itself as a stable reference point for historiographical operation. Instead, it serves as a stake through which a society can <br />transform death and loss into objects of knowledge, facilitating an exchange among the living. The text raises concerns about the present-centred experience of time, which decodes the past through an antiquarian paradigm, and about <br />a horizon marked by the looming threat of climate change, where the future seems to disappear. Given this context, in which the role of historiography as the “topic of the intelligible” seems to have eroded, the author contemplates the possible ways of approaching the past, which, being able to accept loss, can still open up the horizon of the future.</p> Diana Napoli Copyright (c) 2024 Diana Napoli https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2179 Tue, 22 Oct 2024 00:00:00 -0300 Lack, excess, and time in the Cannibalist Manifesto by Oswald de Andrade https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2140 <p>This article constitutes an endeavor to explore the relationship between figurations of lack and excess and historical time, particularly within the context of the manifold modernist temporalities in Brazil. We undertake this endeavor through a close reading of Oswald de Andrade's Cannibalist Manifesto (1928), aiming to elucidate how the author employs notions of lack and excess to interrogate modern historical time as a device for synchronizing diverse temporalities. In conclusion, we underscore the significance of investigating artifacts of historical expression beyond conventional historiography, in order to grasp temporal experiences akin to those of Brazilian modernism, as well as to seek alternative modes of conveying the constituent multiplicity of the entire temporal experience.</p> Hugo Ricardo Merlo Copyright (c) 2024 Hugo Ricardo Merlo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/2140 Fri, 20 Sep 2024 00:00:00 -0300