https://historiadahistoriografia.com.br/revista/gateway/plugin/AnnouncementFeedGatewayPlugin/atomHistória da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography: Anúncios2024-07-21T09:22:52-03:00Open Journal Systems<p><em>História da Historiografia</em> publica artigos originais e de revisão nos campos da teoria da história, história da historiografia, história intelectual e áreas afins em periodicidade quadrimestral. Está classificada no estrato A1 da avaliação Qualis da Capes, no Q2 do SCImago Journal Rank. É publicada pela Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH) em uma parceria interinstitucional com os Programas de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).</p> <p> </p> <p><span class="EOP SCXW220473143" data-ccp-props="{"201341983":0,"335551550":6,"335551620":6,"335559739":200,"335559740":276}"><a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a><br />Este trabalho está licenciado sob uma licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution 4.0 International License</a>.</span></p>https://historiadahistoriografia.com.br/revista/announcement/view/61Chamada para envio de artigos para o Dossiê ''Antropocentrismo e História''2024-07-21T09:22:52-03:00História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography<p>As humanidades carregam antropocentrismo em seu próprio nome. Com a história não é diferente. Desde que foi institucionalizada e definida pela tradição como a “ciência dos homens [sic] no tempo” (Marc Bloch), sua referência tem sido a história da humanidade. O antropocentrismo da disciplina – a saber, a noção de uma essência humana estável e universal que pode servir como medida de todas as coisas – foi questionado por várias correntes de pensamento nas últimas décadas, por meio das críticas pós-estruturalistas, pós-coloniais, feministas e da teoria de gênero, bem como por estudos pós-humanistas. Este dossiê, em diálogo com os desafios de nosso tempo – como as mudanças climáticas, as pandemias, a migração, os prospectos de extinção tecnológica e em massa, guerras e violência –, propõe reunir trabalhos acadêmicos que questionem os limites da visão antropocêntrica da história e explorem as possibilidades de estudos históricos não antropocêntricos (ou, pelo menos, menos antropocêntricos).</p> <p>Essa não é uma tarefa fácil. O que está em jogo não é apenas o antropocentrismo – entendido como um avatar extremista do humanismo – mas também a historicidade, a crença no fluxo da história e na passagem do tempo como aspectos inerentes e universais da vida e da morte, bem como da evolução e da extinção. Também reconhecemos que a promoção ou não do não antropocentrismo – e a questão do excepcionalismo humano em geral – envolve uma ampla discussão sobre responsabilidade e ética na história (Domańska, 2024).</p> <p>Juntamente com Donna Haraway (1988) e muitos outros autores, estamos convencidos de que as noções fundamentais de excepcionalismo humano e historicidade excluíram e marginalizaram formas alternativas de ser e conhecer. Em vez de uma posição neutra ou imparcial, elas devem ser vistas dentro de contextos sociais, culturais e históricos específicos. É uma tarefa geracional revisitar essas noções, reconhecendo as diversas perspectivas, mundos e formas de conhecimento, na busca de novos conceitos capazes de lidar com os desafios de uma nova condição histórica. Essa tarefa também envolve debater significados possíveis (ou futuro-orientados) para experiências emergentes – algumas radicalmente novas, outras decorrentes de passados sombrios – tendo como pano de fundo transformações aceleradas e profundas induzidas pela atividade humana em um domínio ambiental e tecnológico entrelaçado, repleto de agências enriquecidas, não humanas e humanas, abrangendo paisagens epocais e antropocênicas (Simon, 2020).</p> <p>Portanto, questionar os fundamentos da história como disciplina envolve não apenas uma tarefa de desconstrução, mas sobretudo a elaboração de “conceitos de ponte” e abordagens relacionais para a coexistência e colaboração entre conhecimentos ocidentais e não ocidentais, humanos e não humanos, englobando as humanidades e as ciências naturais (Marino, 2022; Domańska, 2020), ou assumindo a forma de “conceitos conectivos” (Simon 2020) por meio de debates públicos mundiais, como o debate sobre o Antropoceno ou sobre os perigos da inteligência artificial, referindo-se a uma realidade mais que humana, ambiental e tecnológica (Bonaldo, 2023; Tamm & Simon, 2020).</p> <p>Convidamos uma gama diversificada de contribuições que escrutinem o funcionamento das narrativas históricas tradicionais centradas no ser humano e se aventurem a explorar alternativas holísticas e relacionais para a história. Por um lado, buscamos trabalhos que explorem as limitações da construção de uma humanidade amplamente eurocêntrica, reconhecendo as influências do colonialismo e do capitalismo global, bem como as interseções com a tecnologia, a natureza e os sistemas de conhecimento não eurocêntricos. Por outro lado, esperamos receber contribuições que se dediquem a examinar a condição histórica contemporânea, o papel ativo de entidades não humanas na formação da história e as influências mútuas entre humanos, não humanos e o meio ambiente. São particularmente bem-vindas abordagens que integrem perspectivas da história ambiental, história animal, big history, história profunda, implicações do Antropoceno para a história humana e perspectivas trans e interdisciplinares, como ecologia, etologia e estudos de ciência, tecnologia e sociedade (CTS). Por fim, também incentivamos o envio de trabalhos que empreguem metodologias inovadoras para mapear a agência não humana e reflitam sobre as implicações éticas do antropocentrismo.</p> <p>O objetivo último deste dossiê é compilar uma coletânea que promova uma historiografia mais emaranhada e multiespecista, reconhecendo a coexistência de todas as formas de vida e entidades na construção do conhecimento histórico. Para tal, busca-se fomentar contribuições que ampliem o escopo da historiografia tradicional para incluir interações mais que humanas e considerações éticas a fim de promover uma compreensão abrangente de nossas temporalidades entrelaçadas.</p> <p> </p>2024-07-21T09:22:52-03:00https://historiadahistoriografia.com.br/revista/announcement/view/60Chamada para envio de artigos para o Dossiê ''Arquivos etnográficos: outras inscrições e epistemologias do som e da escuta”2024-07-21T09:19:22-03:00História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography<p>Na perspectiva de que a produção de conhecimento etnográfico está mediada pelas subjetividades e contextos socioculturais e políticos que subjazem e surgem das interações no campo, bem como pelos pressupostos paradigmáticos ou teóricos da pesquisa, o Dossiê “Arquivos etnográficos: outras inscrições e epistemologias do som e da escuta” busca primeiramente problematizar a noção positivista que os “arquivos” constituem reservatórios de registros materiais e significados estáveis de realidade (Garcia 2018, 2019, 2021) — uma contestação formulada pelo chamado “giro arquivístico” (Derrida 1997, Steedman 2002). Além disso, busca ampliar os debates ontológicos, epistemológicos e estéticos a respeito das práticas de inscrição e representação, bem como os devires inconclusos e instáveis dos registros e arquivos.</p> <p>Especificamente, fazemos o convite a expandir a compreensão dos arquivos e registros sonoros para além das qualidades e tecnologia de seus suportes materiais — gravações, partituras, transcrições —, contemplando a noção de que os diversos contextos e formas de inscrição da escuta — discursos, performatividades, condições acústicas e disposições auditivas (Ochoa, 2014) conversam com agendas, usos e pressupostos particulares. Tal noção compõe uma particularidade de vozes que excedem a representação e fixação institucional de sentido.</p> <p>Em relação a este último, o Dossiê também atende à geração de diálogos interculturais descentralizados e/ou outros deslocamentos que complexificam e/ou questionam a unidirecionalidade da produção de conhecimentos especializados — etnográficos, históricos, etnomusicológicos, organológicos, entre outros—, evidenciando a emergência de outros atores, intervenções e cenários de criação, transmissão e escuta (Appadurai, 2003). Tal é o caso dos processos decoloniais de “restituição”, através dos quais se tem buscado reparar a fratura colonial provocada pelo ouvido e pela episteme ocidentalcêntricos da pesquisa científica e dos registros etnográficos (Tuhiwai 2016).</p> <p>Neste sentido, nós do Núcleo Milenio Culturas Musicales y Sonoras (CMUS) convidamos pesquisadores/as a apresentar trabalhos que discutam e reflexionem sobre a situacionalidade e posicionalidade dos documentos e arquivos sonoros em geral e, mais especificamente, dos regimes de auralidade e espectralidade que subjazem à produção de conhecimento antropológico.</p> <p>Propõe-se alguns núcleos temáticos, tais como:</p> <ol> <li>Epistemologia da escuta: exploração das formas de conhecimento que emergem das práticas auditivas e seu impacto em metodologias das ciências sociais tais como a etnografia, a geração de fontes e a análise do arquivo histórico;</li> <li>Tecnologias de gravação e seus contextos socioculturais: análise de como as tecnologias de gravação e a perspectiva de quem registra influem na produção e percepção dos arquivos sonoros;</li> <li>Performatividade e som: estudo das práticas performativas e sua relação com a criação e conservação de registros sonoros, transmissão de história e memória;</li> <li>Arquivos sonoros e decolonialidade: reflexões sobre os processos de geração e/ou restituição de arquivos e seu papel na reparação da fratura colonial;</li> <li>Condições acústicas e subjetividade na etnografia: pesquisas sobre como as condições acústicas e a subjetividade do pesquisador influenciam tanto na captura e na análise de dados etnográficos quanto na construção de conhecimento;</li> <li>Políticas do som: exame de como as políticas e regulações institucionais impactam na criação, conservação e acesso aos arquivos sonoros;</li> <li>Arquivos sonoros e representação e representação cultural: estudo de caso sobre como os arquivos sonoros representam as culturas locais e tradicionais;</li> <li>Usos e reusos de arquivos sonoros: exploração das práticas de uso e reuso de arquivos sonoros em distintos contextos e suas implicações para a investigação sócio-cultural.</li> </ol> <p> </p>2024-07-21T09:19:22-03:00https://historiadahistoriografia.com.br/revista/announcement/view/59Chamada para envio de artigos para o Dossiê ''Editar a história: historiografia, memória e divulgação''2024-07-21T09:17:16-03:00História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography<p>Esta proposta de dossiê temático considera duas perspectivas: 1) o reconhecimento das publicações (impressas e digitais) como veículo privilegiado de divulgação do conhecimento histórico; e 2) o recurso à história como eixo de projetos filosóficos, ideológicos e globalmente políticos, mediante a utilização do meio escrito (de panfletos a jornais, de revistas a séries de fascículos, passando por colecções de livros). Dito de outro modo, pretendemos, por um lado considerar a historiografia e, de modo mais lato, os temas da história como objeto de publicações e projetos editoriais (de livros, periódicos e papéis vários) específicos entre o século XIX e XXI e, por outro, descortinar projetos políticos e/ou intelectuais que, sob diversos suportes de impressão, edição e distribuição, mobilizaram a história produzindo um campo de conhecimento, uma divulgação científica ou pedagógica, mas também uma memória (disciplinar ou doutrinária) ou um propósito de patrimonialização e/ou musealização. Privilegia-se nesta dupla perspectiva a íntima relação entre os aspectos editoriais e o discurso histórico. Procurando firmar uma interlocução com o escopo e espírito da História da Historiografia, nossa proposta é colocar em diálogo estudos que trabalhem aspectos teórico-metodológicos da História como disciplina e como campo de conhecimento ou do passado como instrumento intelectual e político, privilegiando os caminhos de uma área vasta e plural de análise e pesquisa como a história e a sociologia da edição, da comunicação escrita e da cultura impressa (e digital), bem como as ciências da informação.</p> <p>O dossiê sugere tópicos de desenvolvimento de estudos originais como:</p> <p>- A História na imprensa periódica;</p> <p>- Edição de livros e coleções de História nos séculos XIX, XX e XXI;</p> <p>- Revistas de História em perspectiva: jornalismo, impressos pedagógicos e historiografia;</p> <p>- Temas históricos e cultura escrita;</p> <p>- Editores, autores, adaptadores, tradutores e directores de coleção ou periódico;</p> <p>- A cultura impressa como campo de lutas simbólicas em torno da história;</p> <p>- Casas editoriais e projetos de edição em história nos séculos XIX, XX e XXI;</p> <p>- A história e a circulação de impressos no mundo Atlântico.</p>2024-07-21T09:17:16-03:00https://historiadahistoriografia.com.br/revista/announcement/view/58Chamada para envio de artigos para o Dossiê ''Novas chaves historiográficas em filosofia ibero-americana''2024-07-21T09:15:26-03:00História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography<p>Partimos da necessidade de revisar os critérios metodológicos convencionais que inspiraram a historiografia do pensamento ibero-americano durante as últimas décadas. Esta tarefa ainda não foi desenvolvida com a complexidade e profundidade que merece e queremos contribuir para isso abrindo um debate em torno de diversas questões. Além de paradigmas muito explorados, como o historicismo positivista, o nacionalismo cultural ou o patriarcado, queremos considerar o potencial metodológico de outros referentes. Entre outros, o feminismo, a história conceitual, a “história cruzada”, a memória crítica, a razão histórico-hermenêutica ou a perspectiva dos povos originários.</p>2024-07-21T09:15:26-03:00https://historiadahistoriografia.com.br/revista/announcement/view/57Chamada para envio de artigos para o Dossiê ''Entre história intelectual e sociologia dos intelectuais''2024-07-21T09:13:29-03:00História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography<p>Nas últimas décadas, o número de pesquisas realizadas na América Latina que se enquadram na perspectiva da história intelectual cresceu significativamente. Desde a consolidação metodológica da opção por não reduzir as ideias ao seu contexto socioeconômico, pelo menos dois programas distintos de abordagens a ideias ou discursos foram testados no nosso continente. Diante de uma “história das ideias” que, durante décadas, discutiu a progressão dos desenvolvimentos intelectuais segundo a participação em uma originalidade latino-americana e emancipatória, propôs-se uma “história intelectual” orientada a analisar das ideias de um determinado momento – seja sobre questões políticas, disciplinas científicas, movimentos culturais etc. - em relação aos percursos materiais que possibilitaram a circulação dessas ideias, à sociabilidade e às biografias intelectuais, à temporalidade da leitura e aos usos dessas ideias. Enquanto em diversas expressões europeias essa história intelectual aparece ligada à “virada linguística”, na Argentina e no México, dois claros centros de história intelectual, ela tende a ser associada à “virada material”, e com ela à história do livro e edição e à reconstrução do itinerário político-cultural não só das elites intelectuais, mas também daqueles que realizavam tarefas de edição, eram gestores culturais ou escritores de livretos ou panfletos. No atual desenvolvimento da história intelectual também é possível perceber uma “virada arquivística”, uma vez que o exaustivo rastreamento biblio-hemerográfico, a construção reflexiva do corpus documental e o tratamento de seus materiais atento ao ordenamento e à procedência destes nos arquivos, aparecem como condições básicas de nossa história intelectual. </p> <p>Segundo mostram as respostas à recente “Encuesta sobre la historia intelectual en el siglo XXI” coordenada pela dra Natalia Bustelo para <em>Políticas de la memoria</em> n° 22 (2022) e a investigação sobre a recepção argentina da Escola de Frankfurt publicada na <em>História da Historiografia</em> n° 32 (2020) por Alexandra Dias Ferraz Tedesco, nossa história intelectual também se vincula estreitamente com a sociologia dos intelectuais, apontando para a possibilidade de pensar o entrecruzamento entre a feitura das ideias, o trânsito de seus portadores e as dinâmicas institucionais que circunscrevem sua fortuna crítica. Nesse sentido, o presente dossiê também procura explorar a possibilidade de que observatórios metodológicos como as trajetórias e as biografias, as prosopografias intelectuais e a investigação de dinâmicas institucionais, também possam figurar entre as especificidades que fortalecem uma história intelectual pensada na e para a América Latina. Propomos, enfim, que a aproximação da história intelectual com a sociologia dos intelectuais é um convite à abertura a discussões teóricas sobre a própria prática da história intelectual.</p> <p>Tendo em vista esses debates, este dossiê busca consolidar o diálogo entre as equipes de pesquisa de Buenos Aires, de São Paulo e do Rio de Janeiro, e tem como justificativa principal o papel protagônico que Brasil e Argentina ocupam no debate continental e global sobre a história intelectual e a sociologia dos intelectuais. Pensando no impacto dessa rede nas reflexões sobre esse campo de pesquisa, o dossiê reúne artigos que, assumindo a perspectiva da história intelectual, realizam pesquisas que revisam dimensões e características das intervenções de professores e estudantes que se convertem à condição de intelectuais e, com isso, além de participar de diferentes processos de institucionalização, constroem historiografias, editam livros e revistas e participam de agrupações políticas e culturais. Contempla também artigos e contribuições que incidem sobre as possibilidades de encontro disciplinar entre a história intelectual em sua acepção clássica e a sociologia dos intelectuais, assim como reflexões mais abrangentes sobre novos atores intelectuais e as dinâmicas contemporâneas de consagração que extrapolam as dimensões rigidamente universitárias. Finalmente, o dossiê pretende contribuir para um debate metodológico sobre como as ferramentas da história intelectual, em suas múltiplas acepções, podem contribuir para o entendimento das dinâmicas culturais e acadêmicas dos países latino-americanos.</p>2024-07-21T09:13:29-03:00